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DESBRAVADORES DE CEREJEIRAS. RUMO AOS 40 ANOS DE MUNICÍPIO.

PROJETO ARTÍSTICO CULTURAL ONDAS VERDES – LEI 14.017/2020 – LEI ALDIR BLANC “POETA MIRIM E JORNALISTA MIRIM”.

DESBRAVADORES DE CEREJEIRAS. RUMO AOS 40 ANOS DE MUNICÍPIO.
DESBRAVADORES DE CEREJEIRAS. RUMO AOS 40 ANOS DE MUNICÍPIO. (Foto: Reprodução)

Na busca por terras em uma região com grande potencial de produção agrícola, um grupo de pessoas de vários estados do país deu início ao processo de colonização que culminou com um dos municípios mais prósperos de Rondônia: Cerejeiras, no Cone Sul do estado. Preparando-se para comemorar 40 anos de emancipação, o município, que hoje abriga aproximadamente 20 mil habitantes, possui muitas conquistas para orgulhar seu povo.

Uma delas é a persistência de homens e mulheres que acreditaram em uma região fora do eixo da BR-364 e enfrentaram as dificuldades características da longa distância, o que levou mais tempo para que o local fosse povoado. Após sua fundação em 05 de agosto de 1983, o lugarejo recebeu o nome de Cerejeiras, em homenagem à grande quantidade de árvores da espécie que eram encontradas na região.

E foi a coragem de desbravadores como o senhor Valdemar Santana da Silva, que chegou nestas terras na década de 70, apoiado por ações de colonização desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), através do Projeto Integrado Paulo de Assis. Seu Valdemar, hoje com 80 anos, conta que à época ainda não existia a cidade. "Eram apenas algumas estradas em forma de ruas e, como cheguei no sítio, demorei a ir no projeto, pois ficava bastante distante do local onde eu estava alojado", afirma Valdemar.

O pioneiro lembrou que, após começar a frequentar o povoado, percebeu um mercadinho, a igreja e um local que era usado como Posto de Saúde. "Era muito sofrido, muitas pessoas que a gente via a pé e com cacaios nas costas, vindo de Colorado do Oeste e até mesmo de Vilhena", lembrou. "Mas o sofrimento da época se misturava com a alegria, por estar conquistando o sonho de poder sustentar nossas famílias", destacou emocionado Valdemar Santana. O desbravador também fez questão de destacar a solidariedade entre as pessoas.

"Dentro das picadas por onde passávamos, era comum a realização de trabalhos em regime de mutirão", disse. E finalizou dizendo: "é uma terra fértil que levou à diversidade de produção e uma cultura também diversa pela mistura de famílias de vários estados. Era engraçado viver entre o trem dos mineiros, o tchê dos sulistas e o oxê do nordestino", finalizou Valdemar após um longo sorriso.

Eduardo Lima Silva.

Eduardo Lima Silva é aluno do 7º ano na Escola E. E. F. Floriano Peixoto.


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